Poderia ser mais uma expressão eleitoreira, mas não é o caso.
Moro no Rio de Janeiro há quase sete anos, mas sou pernambucana de nascença. Convivi com a falta d'água, economizando gotas para ter água no dia seguinte - quando, nos idos da década de 80, a água chegava semanalmente às torneiras. Sobrevivi e estou aqui para contar! Aliás, sobrevivemos, eu, minha família e todos os que passaram por este racionamento no Recife.
Agora, em nova tragédia, vejo as enchentes tomarem conta da Cidade Maravilhosa. Em minutos uma cidade linda, com pessoas trabalhadoras, rende-se às tragédias que são indescritíveis. O que que vê é a minima parte do que se sente. Em todo lugar alguém para contar de como se livrou das chuvas, das águas. Sentimos um medo enorme das doenças que podem começar a se manifestar por causa do contato da água suja. A diferença entre as duas tragédias é que a falta d'água leva as vidas aos poucos, enquanto o excesso dela, nos rouba qualquer esperança em segundos.
O que eu quero com tudo isso? É tentar começar a partir de agora a reconhecer o quanto eu e minha família contribuímos pro meio-ambiente. Vamos começar, devagar e sem exageros, a viver uma vida mais sustentável. Não sei como fazer isso. Comecei pelo nosso lixo, que apesar de mostrar as latas seletivas aos meus filhos eu não selecionava nada em casa. Vamos eliminar o mínimo. Cozinhar com reaproveitamento de sobras - sempre! Água em banho, no tempo certo. Roupas, vamos usar até sujar e parar com essa de "a cada saidinha uma muda de roupa nova". Fala sério!
Se alguém tiver a fim de entrar nessa conosco, deixe recado aqui. Vamos trocar idéias e colher nossos resultados juntos!
Por enquanto, fica a nossa solidariedade aos que tiveram alguma perda com as chuvas que vêm caindo sobre o RJ nos últimos dias.