Chegou, para mim, a melhor época do ano: o das festas Juninas.
Eu aprendi que no São João os sertanejos agradecem a Deus pela safra de milho, feijão e mandioca, base da alimentação dos nordestinos. É pra nós o dia de Ação de Graças dos americanos.
Vi, na casa dos meus avós, a fogueira ser acesa e os fogos estourados pra avisar aos amigos que a canjica, pamonha, bolo de milho, de macaxeira, de fubá, pé de moleque e de batata doce, entre outras tantas delícias, já estavam na mesa.
As pessoas chegavam, trazendo suas especialidades culinárias feitas com muito carinho e capricho e, juntando tudo, partilhavam a amizade, os problemas e, principalmente, comemoravam a vida e conquistas com muita alegria. O forró corria solto. Como eu lembro do meu pai nessa época.
Na nossa casa não era diferente. A mesa fartíssima, cheia de comida que me enchem a boca d´água só de lembrar. Fogueira, fogos, forró ao som de Luiz Gonzaga, pé de serra pra ninguém botar defeito. Sem falar na decoração das casas, das ruas, as roupas pra quadrilha e tantas simpatias passadas de uma geração à outra. E todos iam a casa dos vizinhos provar de tudo um pouco.
Que saudade das comidas juninas de Beba, uma tia de coração que fazia o melhor bolo de macaxeira que conheço, canjica e pamonhas maravilhosas. Com ela aprendi a fazer bolos.
AMO TUDO ISSO “DE COM FORÇA”!!!
Nunca adorei santo, mas que eles têm histórias de vida lindas isso ninguém contesta. A eles o nosso louvor e desejo de imitá-los pra nos aproximar mais de Deus. Sou fã de Santo Antonio, um lutador das causas sociais e matrimonias :) (as vezes que fiz a simpatia dos pingos de vela na bacia novinha em folha, na casa de tia Odete em Caruaru, deu a letra S, o meu marido é Silvio), também admiro a força e fé de São João e São Pedro, os donos da festa.
Infelizmente virou uma festa comercial, descaracterizada na maioria das cidades, mas pra alívio e alento de quem gosta de tradição, em Caruaru estão proibidas músicas de duplo sentido, com letras melosas e degradantes. Oba, por lá só forró pé de serra e música de qualidade. Creio que o velho
Luiz Gonzaga tá feliz e por aqui vou passando a força e delícia das tradições da nossa gente pro meu Bê.
O meu lindo na quadrilha da Escola com Maria Antonia (o passo “segura o fujão”)
Por aqui já apareceram milho e amendoim cozidos, bolo de macaxeira, de tapioca e esse de fubá que foi pro Arraial do curso de Inglês do Bê.
No liquidificador junte sem alterar a ordem: 3 ovos, 1 xícara de leite de côco, 1 xícara de leite, 1 xícara de óleo de canola (troco por manteiga derretida, mas com canola tb fica muuuito bom), 2 xícaras de açúcar, 1 pitada de sal, 2 xícaras de fubá mimoso, 1/2 xícara de fr. de trigo, 1/2 xícara de maisena. Bata bem e acrescente, no final, 1 colher de sopa de fermento e 1 colher de sopa de erva doce. Coloque numa forma untada e enfarinhada com fubá e leve ao forno a até ficar dourado ou faça o teste do palito que é mais seguro. Decorei com açúcar e moldes de corações. É uma delícia com café.
Excelentes festas pra todos!!!